Disquetes da QuarkXpress (Imagem: Brett Jordan/Unsplash)
O governo do Japão finalmente parou de usar disquetes e outros formatos de armazenamento de arquivos considerados mais do que ultrapassados por qualquer pessoa que viva em pleno 2024. As novas regras entraram em vigor no dia 22 de janeiro, depois de mais de um ano de trabalhos do Ministério da Economia, Comércio e Transformação Digital.
Quase 2 mil procedimentos governamentais exigiam o uso de formulários e outros documentos que deveriam ser armazenados em CD-ROMs e MiniDiscs, além dos já mencionados disquetes de 3,5 polegadas. A exigência valia tanto para empresas quanto para pessoas físicas.
Os disquetes ainda estavam presentes, por exemplo, em negócios relacionados a bebidas alcoólicas, mineração e regulação aérea, de acordo com o site Ars Technica. O ministro Taro Kono deu uma bela mexida nisto: agora será possível fazer as solicitações via internet e guardar os documentos em serviços de nuvem.
A pasta chegou à conclusão de que a exigência de mídias físicas dificultava a vida dos cidadãos e empresários e de que não se encontram mais disquetes ou CD-ROMs como ocorria, por exemplo, nos idos de 1998.
Trata-se de um processo de transformação digital. Os documentos mais recentes falam em mudanças em 34 procedimentos governamentais. Isso quer dizer que, ainda hoje, mais de 1,8 mil solicitações e serviços prestados pela administração pública ainda dependem de mídia física.
O Japão apareceu na posição 32 do ranking de competitividade elaborado em 2023, na meio de uma fila com 64 nações. O cálculo da organização chamada IMD leva em consideração o preparo das principais economias do planeta para abraçar e explorar as oportunidades do digital. Os Estados Unidos aparecem no primeiro lugar e o Brasil, no 57º.
Não custa lembrar que os japoneses comumente são associados a outra tecnologia bastante antiga: o fax.
Com informações: Ars Technica e SoraNews 24