Ao desconectar Facebook, Instagram e outras redes, Meta não poderá mais reutilizar dados (Imagem: Vitor Padua/Tecnoblog)
A Meta vai permitir que usuários da União Europeia, do Espaço Econômico Europeu e da Suíça “separem” suas contas do Instagram, do Facebook e do Messenger. Ao desconectar os cadastros, essas informações deixam de ser compartilhadas entre as plataformas. A medida faz parte das mudanças para cumprir as novas regras do bloco para as gigantes da tecnologia.
Atualmente, a Meta usa as relações entre contas para direcionar anúncios, personalizar recomendações de conteúdo e usar publicações de uma rede na outra. Então, quando o usuário “separa” suas contas, a empresa não vai mais poder usar o que ele acessa no Facebook como base para recomendar posts e propagandas no Instagram, por exemplo.
A divisão também vai permitir que o Facebook Messenger funcione como um serviço independente, podendo ser usado sem uma conta no Facebook. Os usuários também poderão usar o Marketplace e o Facebook Gaming sem cadastro na rede social, mas nesse caso, há limitações. No Marketplace, sem uma conta no Facebook, a comunicação com compradores e vendedores será feita por e-mail. No Facebook Gaming, só vai dar para jogar games para um único jogador.
Google e Apple também farão mudanças na UE
O Google anunciou uma iniciativa parecida no último dia 12. Os usuários da União Europeia poderão desligar o compartilhamento de dados entre os vários serviços da empresa, como YouTube, busca, serviços de publicidade, Google Play, Chrome, Google Shopping e Google Maps. Será possível parar as conexões entre todos os serviços ou apenas aqueles que o usuário escolher.
Assim como na Meta, ao separar as contas, o Maps para de recomendar lugares com base nas buscas do Google, e o YouTube não leva em consideração o histórico do Chrome, entre outras mudanças.
União Europeia aprovou leis mais rigorosas para as gigantes da tecnologia (Imagem: Thijs ter Haar/Wikimedia Commons)
Tanto as mudanças da Meta quanto as do Google são obrigações instituídas pela Lei de Mercados Digitais da União Europeia (DMA, na sigla em inglês). A regulamentação visa impedir que as gigantes da tecnologia beneficiem seus próprios produtos e serviços, prejudicando a concorrência e os consumidores.
A DMA vai além de impedir o compartilhamento de dados entre serviços da mesma empresa. A Apple, por exemplo, terá que permitir instalação direta de apps no iPhone ou iPad, processo conhecido como sideloading. Além disso, os aparelhos terão que aceitar lojas de aplicativos alternativas, e mesmo aqueles baixados usando a App Store poderão fazer pagamentos por outras plataformas.
Com informações: The Verge, Meta
Usuários europeus poderão separar contas de Instagram, Facebook e Messenger