Nesta quarta-feira (16), um renomado médico do Hospital de Trauma de Campina Grande denunciou publicamente, por meio de suas redes sociais, o que ele descreve como assédio eleitoral por parte do Governo do Estado. O profissional relatou que foi informado de seu desligamento da unidade, e, segundo ele, a decisão não se deu por falta de competência ou dedicação, mas sim por sua recusa em ceder à pressão política.
“Sei que minha demissão foi resultado de não ceder ao assédio eleitoral e não por falta de competência ou dedicação”, desabafou o médico, que é amplamente reconhecido por seu trabalho incansável no atendimento aos pacientes da região. Em outro trecho da mensagem, ele lamentou o ocorrido, ressaltando a dedicação que sempre teve ao hospital e à população: “Nesta unidade, dediquei-me com corpo e alma à população.”
A denúncia levanta questões preocupantes sobre a influência política nas decisões administrativas dentro de unidades de saúde, especialmente em um momento em que a gestão estadual é frequentemente criticada por priorizar interesses eleitorais acima do bem-estar da população. O caso, que pode ser apenas a ponta do iceberg, expõe a prática de assédio eleitoral, já amplamente discutida e condenada em diversas esferas da sociedade.
Essa situação também reacende o debate sobre a interferência política em instituições públicas, afetando diretamente profissionais que se dedicam à saúde e ao serviço público, além de prejudicar o atendimento à população. O governo estadual ainda não se pronunciou sobre as alegações, mas a denúncia ecoa como mais um exemplo de como interesses eleitorais podem se sobrepor às reais necessidades da população.