O Hospital das Clínicas de Campina Grande, já envolvido na segunda fase da Operação Marasmo, que investiga fraudes em licitações e irregularidades na compra de alimentos, agora enfrenta novas denúncias que colocam em xeque as condições sanitárias da instituição. De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), além dos desvios, o hospital tem sido marcado pela falta de higiene, com relatos de sujeira e até baratas encontradas nas refeições servidas aos pacientes.
Conforme consta na denúncia do MPF, o alvará de funcionamento e o Certificado de Controle Ambiental de Pragas Urbanas do hospital estavam vencidos entre 1º de junho e 19 de outubro de 2023. Durante uma vistoria, foram encontrados insetos (baratas), no estoque de alimentos destinados à produção de refeições para pacientes, acompanhantes e funcionários da unidade.
A gestão do hospital, que é de responsabilidade do Governo do Estado, estava sob a liderança da Secretaria de Saúde na época, comandada pelo atual candidato à prefeitura de Campina Grande, Jhony Bezerra. O caso reacende críticas à gestão da saúde estadual, com incoerência entre os discursos e as práticas do ex-secretário e do governador João Azevêdo.
Mais uma vez, o governo estadual é acusado de negligenciar a saúde pública, deixando a população mais vulnerável exposta a riscos sanitários inaceitáveis. As denúncias reforçam a necessidade de uma revisão urgente na gestão hospitalar e nas políticas de saúde do Estado, principalmente no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados àqueles que mais precisam.

