AUTOR: Fabiano Nobrega Vasconcelos
É certo que as pessoas com deficiência tenham seus direitos garantidos por
lei e que possam trabalhar, ter direito a lazer, educação e saúde porém, além das
dificuldades que já mencionadas, o preconceito torna a vida do PCD muito mais
difícil.
Vistas com desprezo pela sociedade, as pessoas com deficiência eram
confinadas pela família. Hoje essa população procura cada vez mais viver não
apenas no seu primeiro grupo social “família” mas, em todos os segmentos da uma
sociedade que ainda teima em duvidar de sua capacidade. Uma pesquisa realizada
pelo IBGE comprova que as pessoas que vivem com algum tipo de deficiência têm
maior dificuldade de inserção no mercado de trabalho e acesso à educação.Com relação à educação, a taxa de analfabetismo é quase cinco vezes maior
entre pessoas com deficiência, apenas 25% tinham concluído pelo menos o ensino
médio, e para pessoas sem deficiência, 57%. Apesar da lei garantir todos os direitos
a essa população inclusive punindo atitudes discriminatórias pelo Estatuto da
Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/ 2015).
Por fim, esse preconceito contra pessoas com deficiência, que envolve uma
preconcepção sobre as capacidades que uma pessoa tem ou não devido a uma
deficiência, pode ser combatido evitando assim o capacitismo. A conscientização de
toda uma sociedade chamando a atenção para as práticas capacitistas onde quer
que elas ocorram, é crucial. A Lei Brasileira de Inclusão (LBI) garante os direitos das
pessoas com deficiência – e um deles, previsto em Constituição, é o respeito.
Atitudes ou falas capacitistas são uma forma de violência e, para denunciar, basta
ligar no Disque 100 ou fazer a denúncia na Delegacia Virtual do Ministério da
Justiça e Segurança Pública.