O diretor do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eder Gatti, afirmou nesta 5ª feira (25.jan.2024) que a vacinação de toda a população brasileira contra a dengue até o fim da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é “algo inviável”. Segundo Gatti, o principal obstáculo enfrentado é a capacidade de produção de vacinas por parte das fabricantes.
“Por enquanto, a vacinação de todos nesta gestão é algo inviável para a capacidade produtiva dos laboratórios que contamos hoje. Reforço que não é por falta de interesse do Ministério da Saúde. É uma limitação de entrega”, afirmou Gatti, em coletiva de imprensa no Ministério da Saúde, em Brasília.
A fabricadora de imunizantes Takeda Pharma disponibilizou 6,5 milhões de doses da vacina Qdenga para o SUS (Sistema Único de Saúde). Os itens serão responsáveis por imunizar pouco mais de 3 milhões de pessoas, uma vez que a imunização completa demanda a aplicação de duas doses. O número corresponde a aproximadamente 1,4% da população brasileira.
O ministério ainda aguarda os estudos desenvolvidos pelo Instituto Butantã, que trabalha em uma vacina alternativa para a dengue. A estimativa é de que o imunizante fique pronto em 2025 e comece a ser distribuído em 2026, a depender das etapas de pesquisa em andamento.
Nesta 5ª feira (25.jan), o governo federal divulgou os critérios de priorização para vacinar os primeiros brasileiros em 2024. Ao todo, 521 municípios contarão com as doses da Qdenga. O público-alvo contempla crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Leia a lista de cidades selecionadas aqui.
O Brasil será o 1º país no mundo a disponibilizar o imunizante na rede pública de saúde. Antes, o item estava disponível apenas na rede privada. Ainda não há data para o início da vacinação. A previsão é de que a campanha comece em fevereiro deste ano.